segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SCUT`s - Provavelmente uma Irracionalidade Financeira

É um facto que as SCUT`s têm que ser pagas, mesmo que fechemos estas estradas continuaram  ter custos associados ao investimento feito.  O modelo definido para a seu pagamento resolve o problemas das contas públicas, mas numa perspectiva de País, representa provavelmente uma irracionalidade Financeira. 
Vou nas próximas linhas tentar justificar a minha opinião, mas antes disso apresento a solução que preconizo para o problema e que é: Fazer repercutir o custo das SCUT`s no imposto automóvel. 

O pagamento das SCUT`s, tal como está actualmente, faz com que os condutores procurem o mais possível alternativas às auto-estradas portajadas. Estas alternativas têm pelo menos dois problemas: 
- levam a um aumento do consumo de combustível;
- e por outro lado aumentam o tempo de deslocação.

Relativamente ao aumento do consumo de combustível:
Como o nosso país não produz petróleo este terá que ser importado, logo, parece-me lógico que este aumento do consumo de combustível será necessariamente prejudicial para o equilíbrio da balança comercial do país, problema que representa já hoje um dos mais graves problemas económicos de Portugal. 

Relativamente ao aumento do tempo de deslocação:
O custo associado ao tempo de deslocação é um dos valores que o as empresas têm que incorporar no preço dos seus produtos, quer seja pelo custo directo associados por exemplo ao tempo de trabalho do motorista ou o tempo de ocupação do equipamento de transporte, quer seja pelos custos indirectos associados a um alargamento dos tempos de entrega. Este aumento do tempo de deslocação representará assim uma diminuição da produtividade e da competitividade do País, a qual, penso eu, se repercutirá directamente no PIB e na diminuição das exportações. 

Se em vez do modelo actual, o pagamento das SCUT`s fosse associado ao imposto automóvel, ficaria resolvido o problema das contas do estado e o Pais tinha possibilidade de rentabilizar ao máximo este recurso que são as Auto-estradas tornando-as um lubrificante para a dinâmica da economia e não mais um peso para a economia portuguesa, já por si cheia de areias na sua engrenagem. 

A minha análise parte obviamente de alguns pressupostos cujo a validade me parece lógica, mas que carecem obviamente de comprovação, fica o desafio aos economistas!!!